O ÚLTIMO RESTAURANTE DE PARIS – LILY GRAHAM

sexta-feira, maio 16, 2025

 


 

Meus amigos, que livro!!

Se você me acompanha por aqui nesses últimos oito anos (!!) sabe que sou muito suspeita por me encantar com livros que falam sobre a segunda guerra mundial e sobre romances. Pois esse superou até mesmo o tempo de leitura, finalizei em dez dias, isso falando de uma pessoa com dois turnos de trabalho.

 

“O último restaurante de Paris”, de Lily Graham, já estava na minha pasta de favoritos esperando uma brecha para entrar na minha longa lista de leitura. Mas é aquele ditado, existem livros/histórias e livros/histórias, e esse realmente me escolheu durante uma visita de fim de ano ao sebo e livraria “A Degustadora de Histórias” aqui em Ribeirão Preto (se você me acompanha sabe que venho falando sobre eles há algum tempo também!).

 

Ele fará parte do clube de leitura “Café com livros”, e na saída, acabei batendo o olho nele e falei “meu presente de aniversário!”. E foi o melhor presente que ganhei! Há cerca de três anos li “O segredo da livraria de Paris”, também de Lily Graham, e pude me encantar ali com a sua narrativa. Então, sem mais delongas, vamos à história!

 

A história mistura o passado e o presente de um jeito que te prende do início ao fim. No centro da trama está a busca de Sabine pelos segredos que rondam o restaurante de sua avó, no coração de Paris, que herdou sem ao menos saber da existência dela. Com a ajuda de Gilbert, um velho antiquário de livros, que durante sua adolescência trabalhou com Marianne no restaurante, ela tenta desvendar o que realmente aconteceu naquela época. O restaurante, cheio de histórias não contadas, guarda pistas de amores proibidos, segredos de guerra e muita dor, mas também esperança e coragem.

 

Durante a ocupação nazista em Paris, contrariando o gosto da população local e toda e qualquer expectativa de um futuro melhor, Marianne, uma mulher jovem, forte e resiliente, decide abrir um restaurante para alimentar os soldados nazistas em posse da cidade e, ao mesmo tempo, poder colaborar com os moradores, já que os cartões de racionamento não davam direito a uma alimentação digna. Ela acreditava que manter contato com os soldados e ter acesso às boas comidas, poderia oferecer refeições simples, mas que pudessem sustentar os parisienses na luta pela resistência de seu país.

 

Apesar de servir os soldados inimigos com um sorriso no rosto, afinal de contas devia a eles a liberação e a agilidade em abrir seu restaurante, ninguém desconfiava do ódio que Marianne guardava no seu coração. Porém, em uma noite, o restaurante fecha as portas pela última vez e todos os clientes são encontrados mortos envenenados enquanto Marianne desaparece sem deixar vestígios.

 

Sabine nunca tinha ouvido falar dessa avó, já que sua falecida mãe era adotada e nem mesmo ela sabia de sua verdadeira história. O que ela quer e precisa é obter as respostas para tantas perguntas sobre a sua origem, mas investigar o passado da família trará memórias sombrias da guerra e da tragédia que marcou a cidade.

 

Marianne precisou enfrentar desde os nove anos os dilemas da vida. Após a morte da mãe em Paris, a menina foi enviada pelo pai para a casa da avó que nunca conhecera na Provença. Fruto de um relacionamento extraconjugal após a primeira grande guerra, Marianne foi criada sozinha pela mãe e longe da avó que não aceitava o relacionamento.

 

Depois da morte da mãe, o impacto do trauma deixou a menina muda, mas isso não foi um grande problema a ser enfrentado pela sua avó, que com muito amor e paciência ensinou Marianne que ela podia voltar a ser feliz. Graças à amizade de Jacques, o vizinho que morava ao lado das terras de sua avó, a menina encontrou novamente a sua voz e, com o tempo, essa linda amizade se transformou no mais lindo amor de sua vida. Anos depois, com a ocupação nazista ganhando território por toda a Europa, a morte prematura e injusta de Jacques fez com que Marianne, em estágio avançado de sua gravidez, precisasse fazer uma escolha entre proteger a sua família ou resistir a tudo o que ela considerava inaceitável.

 

Sem mais spoilers, o livro é maravilhoso por vários motivos. A forma como Lily Graham faz a gente sentir o que os personagens sentem é simplesmente impecável. Marianne é aquele tipo de heroína que te inspira a todo momento, e Sabine nos mostra como o passado pode ecoar no presente de maneiras inesperadas.

 

A ambientação também é fantástica. Cada detalhe do restaurante e dos pratos descritos, das ruas de Paris e pelos campos da Provença, é uma narrativa que nos transporta pra lá. E a ligação entre os dois tempos é feita de forma tão suave que você nunca quer parar de ler, pelo menos foi o que aconteceu comigo.

 

Para quem gosta de romances históricos e histórias que deixam o coração quentinho – mesmo enquanto exploram temas difíceis – “O último restaurante de Paris” é uma leitura imperdível. Ele mostra que até nas situações mais sombrias, a coragem e o amor podem vencer.

 

E você, já leu o livro? Me conta nos comentários o que achou!

E se ainda não leu já coloca na sua lista.

Até o próximo post!

 

O ÚLTIMO RESTAURANTE DE PARIS

PÁGINAS: 331

AUTOR: LILY GRAHAM

EDITORA: GUTENBERG

You Might Also Like

0 comentários