Quem nunca se apaixonou por um personagem que atire a primeira pedra! Os autores narram as histórias de uma forma tão profunda que você acaba entrando no livro, assumindo a identidade de alguns deles e automaticamente se apaixonando por seus companheiros.

Quisera eu ter a sorte de encontrar alguns deles na forma humana e esquecer a ficção! Claro que nem todos são perfeitos, se nenhum ser humano é, quem dirá um personagem, mas não custa sonhar enquanto viajamos nas histórias. E já que não é possível torná-los reais, hoje eu vou falar sobre alguns dos que poderiam sair de suas páginas.

“A pequena livraria dos sonhos”, de Jenny Colgan, nos apresenta o escocês Lennox, um fazendeiro que mora nas Terras Altas e que aluga um quarto para a personagem principal, Nina. Com o tempo, ela acaba se encantando por aquele homem de 1,90 metro, cabelos ondulados, músculos definidos, olhos azuis, maxilar de Super-Homem e que salva filhotinhos no meio da noite. Mas o ponto da história é que, apesar de parecer bruto na maioria das vezes, Lennox teve o coração partido quando sua ex-esposa resolveu abandonar tudo e trocar a vida no campo pela mordomia na cidade. Não tem como não se apaixonar por esse homem e confesso que durante a leitura acabei suspirando várias vezes.

“As agentes secretas de paris”, de Pam Jennoff, traz uma história de amor que foi impedida de ser vivida devido à Segunda Guerra Mundial. Quando Marie, uma das personagens principais, conheceu Julian em campo, sua primeira impressão era de um homem irritado, mal-educado e intenso demais. Mas com o tempo ela entendeu que a perda de sua família por causa da guerra e a vida dos agentes em suas mãos, só tornavam o fardo pesado demais em seus ombros. Com a convivência eles acabam se apaixonando, mas o assassinato de um deles não permitirá que esse amor seja vivido.

“Um homem de sorte”, de Nicholas Sparks, faz Thibault atravessar o país em busca de uma mulher em uma fotografia, depois de passar anos a serviço do Corpo de Fuzileiros Navais. Quando encontrou a fotografia no deserto do Iraque, Thibault não imaginava a reviravolta que sua vida daria, mas quando o destino está traçado, não há força no mundo capaz de fazer a sua vida mudar. Não tem como não se apaixonar por um homem que faz um sacrifício como esse por uma mulher que nem conhece, mas por quem descobre estar apaixonado.

“Um caminho para a liberdade”, de Jojo Moyes, traz o verdadeiro amor para Alice quando seu amigo Frederick se apaixona por ela. A convivência dos dois devido à biblioteca itinerante na cidade se fortalece quando ambos começam a confidenciar seus dramas e a infelicidade em seus relacionamentos. Alice está presa em um casamento onde o marido sequer se preocupa com ela, enquanto Frederick foi abandonado pela noiva. Respeitando seus sentimentos e sua confusão e dando tempo ao tempo, Frederick vai aos poucos conquistando Alice, fazendo do personagem um verdadeiro cavalheiro.

Comenta aqui em baixo quais são os personagens que você gostaria que fossem reais!

A gente se vê no próximo post, até lá!

“O mundo de Sofia”, de Jostein Gaarder, é um clássico e chegou até mim por indicação da minha prima Naira quando eu entrei no ensino médio e comecei a ter aulas de filosofia. Comprei o meu exemplar no sebo em Ribeirão Preto, li algumas páginas e achei tudo complicado demais e acabei desistindo da leitura. Alguns meses depois resolvi insistir, afinal de contas minha prima havia dito que era uma ótima história e que me ajudaria na escola.

Lembro de, depois de finalizar a leitura, pensar “ainda bem que li esse livro agora, antes eu não teria cabeça e maturidade pra isso”. Hoje, após reler a história, vejo que a narrativa mudou para a consciência e noção de mundo que tenho, e me fez ver “O mundo de Sofia” com outros olhos, me fazendo questionar novamente algumas coisas sobre a vida e me deixando curiosa para descobrir algumas coisas diferentes sobre minha família.

Como o próprio nome diz, “O mundo de Sofia” é um romance sobre a história da filosofia. Publicado em 1991, Gaarder nos apresenta Sofia Amundsen, uma norueguesa prestes a completar 15 anos que começa a receber bilhetes e cartões postais muito estranhos. Os bilhetes anônimos fazem Sofia se questionar sobre algumas das perguntas mais famosas envolvendo a filosofia: quem é você? De onde vem o mundo?

Já os cartões postais vêm do Líbano e são enviados por um major desconhecido que trabalha na ONU usando Sofia como intermediária para os cartões destinados à sua filha, Hilde Knag, que Sofia nunca ouviu falar.

Mas a correspondência começa a ficar ainda mais estranha quando Sofia passa a receber um curso de filosofia escrito por um professor misterioso. Dia após dia, Sofia viaja no tempo através das páginas que recebe aprendendo de lição em lição sobre os maiores pensadores da história, e junto com ela somos apresentados aos filósofos da natureza, Demócrito, Sócrates, Platão, Aristóteles e vários outros nomes importantes para a história da filosofia ocidental.

E enquanto Sofia recebe esse curso gratuito de filosofia, embarcamos com ela e seu professor nessa aventura para tentar descobrir as respostas para tantas perguntas filosóficas e quem é esse major que usa Sofia como intermediária de seus cartões para sua filha Hilde que garante aos leitores um final surpreendente.

Uma leitura interessante e convidativa que recomendo para os jovens que estão aprendendo sobre filosofia e também aos adultos curiosos. Comenta aqui em baixo se você já leu essa história e o que você achou!

A gente se vê no próximo post, até lá!

O MUNDO DE SOFIA

AUTOR: JOSTEIN GAARDER

EDITORA: CIA DAS LETRAS

PÁGINAS: 555

Mais uma aventura marítima para a lista, melhor ainda quando os lugares citados na história realmente existem! Filho caçula de três irmãos, o inglês Robinson Crusoé tinha um futuro exemplar planejado pelos pais: seria advogado, se casaria com uma moça de família tradicional com quem teria filhos e uma prosperidade que não deixaria espaço para apertos financeiros. No entanto, o jovem tinha outros sonhos, queria viajar para conhecer o mundo e viver grandes emoções e aventuras.

Após uma tentativa falha de persuadir o pai para poder seguir seu caminho com a sua benção, Robinson embarca no navio do pai de um amigo sem sequer avisar aos pais, seguindo para a sua primeira e breve viagem e logo de cara percebendo os perigos em alto mar.

Ao fazer amizade com um capitão que viajava frequentemente para Guiné, na África, recebe o convite de ser companhia do homem em sua próxima viagem. Investindo o dinheiro que tinha em algumas mercadorias para trocar com os nativos, descobriu na volta que era um comerciante bem sucedido. Em uma de suas viagens, o navio em que estava é surpreendido por piratas árabes, fazendo Robinson ser escravo particular do capitão pirata.

Depois de conseguir a sua liberdade de volta, Robinson chega ao Brasil, consegue permissão para permanecer na colônia, compra o maior lote que podia com o dinheiro que tinha se torna fazendeiro e, após alguns anos de trabalho, era um homem rico. Mas claro que seu destino não era ficar parado, era preciso voltar a navegar.

Rumando para a África, uma tempestade tropical naufraga o navio em que estava, deixando Robinson em algum lugar no extremo norte do Brasil, mas longe demais de qualquer porto brasileiro. Já em terra firme, em alguma ilha do Atlântico, Robinson se vê sozinho e cercado das coisas que conseguiu recuperar do navio e é aqui que começa a sua maior e inesperada aventura.

Acompanhamos a saga de Robinson pela ilha onde viveu aproximadamente vinte e oito anos, dominando e desbravando o território que agora lhe pertencia, plantando e cultivando seu alimento, cuidando de seus rebanhos e fazendo daquele lugar paradisíaco o seu lar.

Para quem está se perguntando a ilha de Robinson Crusoé realmente existe e está localizada no oceano Pacífico, na costa do Chile, no arquipélago Juan Fernández, e guarda não apenas a história de ficção mundialmente conhecida, mas também a do marinheiro escocês Alexander Selkirk, que após discutir com seu capitão, em 1704, foi abandonado e impedido de embarcar sendo obrigado a permanecer sozinho na ilha deserta por quatro anos. Em 1709 foi resgatado e voltou ao mundo civilizado, servindo de inspiração para Daniel Defoe publicar, em 1719, as aventuras de Robinson Crusoé.

Comenta aqui em baixo se você já conhecia essa história.

A gente se vê no próximo post, até lá!

ROBINSON CRUSOÉ

AUTOR: DANIEL DEFOE

EDITORA: SCIPIONE

PÁGINAS: 112