Uma leitura gostosa, com uma descrição de detalhes que fizeram eu me sentir na Itália e uma história curiosa que me fisgou do início ao fim!

Primeiro livro que leio de Tatiana de Rosnay, A outra história narra a vida do francês Nicolas Duhamel que, aos vinte e quatro anos, descobre um segredo perturbador que há décadas é guardado por sua família.

Ao dar entrada na renovação de seu passaporte, Nicolas descobre que o nome de seu pai não é aquele que conhecia e começa então a busca por suas verdadeiras origens, uma aventura que o inspira a escrever o seu primeiro romance.

Ainda criança, Nicolas perde o pai em um acidente que o faz desaparecer no mar, quando resolve procurar respostas sobre suas raízes em outro continente, a dor da perda paterna vem à tona.

Com base na sua história, Nicolas escreve o romance O envelope, que assina como Nicolas Kolt, adotando o sobrenome original de seu pai russo. A personagem principal de seu livro, Margaux Dansor, evoca a sua história familiar e sacode a sua vida. A obra se torna um best-seller mundial e sua adaptação cinematográfica conquista Hollywood e é premiada com um Oscar.

Com seu estrondoso sucesso, Nicolas ganha fãs e admiradores diariamente que querem saber os mínimos detalhes da sua vida nas redes sociais. Porém, o aguardado e prometido romance novo está longe de existir.

Vivendo à base da sua fama há três anos, Nicolas se tornou um homem arrogante, desejando sempre mais fama, viciado em redes sociais e freado pelo bloqueio criativo.

Na esperança de tentar se desligar dos seus problemas e, quem sabe, começar de fato a escrever o novo romance, Nicolas faz uma viagem para a Itália que muda drasticamente essa realidade, sendo mais uma vez atormentado pelos antigos segredos e sendo obrigado a lutar não apenas contra o passado, mas também contra o futuro.

Tatiana de Rosnay narra uma história que fisga o leitor com uma narrativa curiosa que nos faz querer descobrir o que aconteceu com o pai de Nicolas. Mais do que isso, ela também deixa claro a glória e o preço da fama e uma reflexão sobre identidade, mas também como as decisões de gerações passadas afetam o hoje e moldam o amanhã.

A OUTRA HISTÓRIA

AUTOR: TATIANA DE ROSNAY

EDITORA: INTRÍNSECA

PÁGINAS: 272

Depois de todos os livros que li até hoje, é claro que a lista dos favoritos e dos que mais mexeram comigo é grande, são tantas histórias lindas e marcantes que não tem como citar um só. Por isso, hoje eu vou falar de cinco títulos que com certeza me ensinaram alguma coisa e vai ficar na minha memória.

“Toda luz que não podemos ver”, de Anthony Doerr, conta a história da jovem Marie-Laure, que após perder completamente a visão precisa fugir junto com seu pai, o chaveiro do Museu de História Natural de Paris, em busca de um lugar seguro para viverem durante a segunda guerra mundial. Enquanto isso, na Alemanha, o adolescente Werner ganha uma vaga na escola nazista graças a sua habilidade em montar e consertar rádios, o que o acaba levando de frente para a guerra. Suas histórias se cruzam de forma inesperada e enquanto Marie-Laure tenta sobreviver, Werner tenta entender o que seus serviços causavam aos seres humanos.

“Lolita”, de Vladimir Nabokov, é um clássico da literatura que demorou para eu dar uma chance, mas que chegou em uma época mais madura da minha consciência. Podemos considerar a obra como romance, no entanto a história é tão impactante que eu não daria esse título a ele. Nele, a história de um homem de aproximadamente quarenta anos que abusava física e psicologicamente de uma menina de doze anos, que a seduzia e a ameaçava e que era completamente obcecado por ela. Foi uma leitura difícil, confesso, que me revoltou do início ao fim, mas que serviu de experiência para quebrar alguns tabus.

“O conto da aia”, de Margaret Atwood, foi um romance que me fez perceber o quão feminista eu sou. Escrito na década de 1980, famoso mundialmente graças à sua série, a obra conta a história de June, que luta pela liberdade das mulheres presas em uma sociedade distópica, onde são obrigadas a terem relações sexuais apenas com o intuito de gerarem filhos para o país. Tenho certeza que você já ouviu falar dessa história, mas se ainda não, eu te convido a saber mais na resenha que fiz do livro.

“O rouxinol”, de Kristin Hannah, é outro romance que fala sobre o poder e a força das mulheres. Narrado durante a Segunda Guerra Mundial, Vianne e Isabelle lutam, cada uma da sua forma, para sobreviver em meio ao caos e proteger as pessoas que amam. É uma história de superação, de perder a segurança que acreditava ter, de não perder a esperança apesar de tanto desastre e mortes e que me fez chorar demais durante a leitura, mas que também me fez ter muito orgulho de todos aqueles que conseguiram sobreviver a todo aquele horror.

“Almas gêmeas”, de Nicholas Sparks, poderia virar um filme, na minha humilde opinião. Aos 36 anos, Hope conhece o amor de sua vida durante uma semana em que tenta fugir da realidade de seu namoro sem perspectivas de futuro. Após o pai ser diagnosticado com uma doença degenerativa, a enfermeira se instala na casa de praia da família, conhece o africano Tru, e descobre que a vida é muito mais do que só esperar que o outro faça aquilo que desejamos. É um romance tão lindo, com um final tão incrível, que foi mais uma leitura que me fez chorar.

Espero que vocês tenham gostado dessas dicas de leitura.

Comenta aqui em baixo se você já leu algum desses livros.

A gente se vê no próximo post, até lá!