Publicado em 1873, “A volta ao mundo em 80 dias”, escrito pelo francês Júlio Verne,
nos convida desde então a conhecer o mundo em um curto período de tempo,
passando por lugares que talvez não estivessem na nossa lista de lugares a
conhecer, usando meios de transporte não tão rápidos quanto os que temos
atualmente. É, além de tudo, uma viagem no tempo, que leva os leitores de volta
ao século 19 e seus costumes.
Em 1872, vivia em Londres um homem misterioso
chamado Phileas Fogg. Discreto, jamais chamava atenção sobre si mesmo e pouco
se sabia de sua vida. Refinado, demonstrava em todos os gestos ser um
cavalheiro, o que causava uma ótima impressão na alta sociedade britânica. Não
era industrial, comerciante ou agricultor. De poucos amigos, Fogg era membro
unicamente do Reform Club, frequentado apenas por homens ligados ao Parlamento,
indústria ou comércio, homens que pertenciam à elite.
Rico, mas sem ninguém saber a origem de sua
fortuna, Fogg era um homem pouco comunicativo, e quanto mais silencioso se
mostrava, mais misterioso aparentava ser. Sua rotina era metódica, nunca se
atrasava para nada e passava os dias no clube lendo seus jornais e de onde só
saia precisamente à meia noite para voltar para a casa para dormir.
Após demitir seu antigo criado, Fogg contrata
o francês Passepartout, que no primeiro dia de trabalho se depara com algo
inusitado, vindo do patrão tão reservado e metódico. Depois de fazer uma aposta
com os outros sócios do clube, arriscando metade de sua fortuna, Fogg embarca
na jornada de dar a volta ao mundo em 80 dias levando seu criado como
acompanhante.
A fim de comprovar a sua teoria de que é
possível tal façanha matematicamente planejada, Fogg parte para Suez, no Egito,
em uma viagem de trem e navio. Seguindo de Bombaim e Calcutá, na Índia, para
Hong Kong, na China, e Yokohama, no Japão. De lá, segue de navio para São
Francisco, nos Estados Unidos, atravessando o país de trem até chegar à Nova
York e enfim retornar a Londres.
Claro que alguns atrasos como problemas nos
trilhos de trem ou alguma tempestade em alto mar foram calculados no seu
planejamento. Mas salvar uma linda mulher da morte por sacrifício, na Índia,
não estava em seus planos, muito menos ser perseguido pelo detetive Fix, que
acredita que Fogg é o ladrão que roubou uma grande quantia do Banco da
Inglaterra e que está fugindo para despistar a polícia. E, no final da aventura,
descobrimos o real significado do tempo após essa longa viagem.
“A
volta ao mundo em 80 dias” é um clássico e é considerado uma das
maiores obras da literatura mundial servindo de inspiração para várias
adaptações ao cinema e ao teatro. Uma obra carregada de detalhes que narram tão
bem as diferentes culturas pelas quais Fogg passa, essa é realmente uma
história que nos faz viajar sem sair do lugar!
A VOLTA AO MUNDO EM 80 DIAS
AUTOR: JÚLIO VERNE
EDITORA: FTD
PÁGINAS: 216
