Praga – Arthur Phillips
quinta-feira, julho 12, 2018
Sabe aquelas histórias chatas, que além de
não prender você te faz sentir perdido? Foi assim que me senti quando comecei a
ler Praga pela primeira vez.
Aí eu desisti, pensei que o problema eram os
outros livros que viriam depois que estavam me deixando mais curiosa, por isso
dei uma pausa e fui para os mais atrativos.
Confesso que não funcionou totalmente, mas
insisti e disse a mim mesma que não abandonaria mais uma vez a leitura.
Terminar o livro era questão de honra.
Por isso estamos aqui. E mesmo assim eu
indico a leitura, mas já adianto que, apesar de bem interessante, não gostei do
final. Vai ver eu não entendi direito. Vai ver ele é chato mesmo.
Arthur Phillips morou em Budapeste entre 1989
e 1992, os mesmos anos em que narra a vida dos personagens. No começo, o autor
fala sobre a vida de cinco imigrantes norte-americanos que decidem viver em
Budapeste após a Guerra Fria.
Nas primeiras páginas o leitor entra de
cabeça em um jogo criado pelos personagens como forma de interagir com gente da
“mesma língua” e passar o tempo na cidade. A partir daí é que vamos entrando na
particularidade de cada um.
Os cinco se mudam para a Europa na esperança
de conquistar uma fortuna, seja ela financeira, romântica ou espiritual. Mas o
que realmente encontram é um lugar diferente que quase nunca conseguem
compreender.
John Price vai parar em Budapeste atrás do
irmão que sempre evitou ter contato com a família. Buscando um pouco mais sobre
a própria história, John acaba descobrindo muito mais pelas ruas da cidade,
seja através dos moradores de várias nacionalidades, ou por aqueles que sempre
estiveram ali, que foram torturados, que resistiram a dois regimes diferentes e
que lutaram por uma Hungria melhor. Com as experiências diárias vividas no
trabalho ou nas casas noturnas, John acaba encontrando muito mais do que
procurava.
É com esse romance que o autor narra a vida
de vários personagens reais da Hungria, das gerações de revolucionários
fracassados, dos poetas, músicos e artistas, de oportunistas, de heróis, de
contadores de histórias e tantos outros.
Apesar de ter gostado da leitura como um
todo, como disse antes, o começo não me fisgou e o final me deixou um pouco
confusa. Recomendo a leitura dessa obra que conta vários detalhes históricos de
como foi a vida na Europa no começo de 1990.
PRAGA
AUTOR: ARTHUR PHILLIPS
EDITORA: JOSÉ OLYMPO
PÁGINAS: 422
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