As minas do Rei Salomão – Henry Rider Haggard

quinta-feira, fevereiro 03, 2022


 

Dando continuidade à leitura de aventuras, “As minas do Rei Salomão” nos faz viajar para a África do século XIX. Alão Quartelmar, personagem principal, narra em primeira pessoa essa história como se fosse seu diário de viagens. Cidadão inglês e caçador de elefantes na África, ele recebe uma proposta do barão Curtis para ajudá-lo a encontrar seu irmão que desapareceu na savana africana enquanto tentava encontrar as lendárias minas do rei Salomão.

 

Depois de combinarem quais seriam os lucros que receberia com essa arriscada expedição, Quartelmar apresenta um mapa que havia encontrado alguns anos antes e que nunca tinha levado a sério. O mapa pertencia a um português que conseguiu chegar ao reino dos Kakuanas trezentos anos antes.

 

Seguindo para essa aventura rumo ao reino dos Kakuanas estão Quartelmar, o barão Curtis eo capitão John. No meio do caminho conhecem o nativo Umbopa, um homem muito diferente dos outros carregadores negros graças à sua educação, e decidem levá-lo junto com a expedição.

 

Com muita dificuldade eles atravessam o deserto e chegam à Sabá, uma cordilheira que envolvia o reino dos Kakuanas e que possuía o formato de dois seios. Subindo a montanha encontram em uma caverna o corpo congelado de José Silveira, o português responsável por desenhar o mapa que eles seguiam. Depois de tantos problemas no caminho, os quatro homens finalmente encontram o território Kakuana.

 

Quando são atacados por um pelotão do exército tribal, eles conseguem reverter a situação dizendo que são homens vindos das estrelas, que são deuses, e disparando suas armas de fogo dizem que elas são mágicas, fazendo o exército acreditar nessa mentira. Assim, eles são levados para o rei Tuala, que comanda seu povo com implacável violência, e que assumiu o poder anos antes depois de assassinar seu irmão, exilandosua esposa e sobrinho, supostamente mortos no deserto.

 

Quando os viajantes descobrem que o verdadeiro nome de Umbopa é Ignosi, filho do rei assassinado por Tuala,uma rebelião no exército do rei tem início, e mesmo em menor número, eles conseguem derrubar e matar Tuala, devolvendo o trono ao verdadeiro rei.

 

Ainda com o objetivo de chegarem às minas do rei Salomão na esperança de encontrarem o irmão desaparecido do barão Curtis, os ingleses capturam a perversa bruxa Gagula que promete guiá-los para a montanha onde estão localizadas as minas. Quando encontram o tesouro, Gagula coloca suas garras de fora, engana os ingleses e os prende dentro da montanha. Depois de acreditarem que iam morrer, eles encontram uma rota de fuga e de todo o enorme tesouro escondido na mina, eles conseguem levar apenas uns poucos bolsos cheios de diamantes.

 

Com o fim dessa aventura, eles deixam o rei Ignosi com seu povo e retornam à civilização por uma rota diferente e sem sofrimento. No meio do caminho, em um oásis, eles finalmente encontram o irmão desaparecido do barão Curtis, com uma perna quebrada e incapaz de continuar a viagem, por isso o seu desaparecimento. Quando chegam à Inglaterra eles tem dinheiro suficiente para viverem confortavelmente.

 

“As minas do rei Salomão” se passa na Europa do século XIX em um contexto histórico mundial onde reinava a conjuntura neocolonialista e imperialista das nações europeias, que após sua Segunda Revolução Industrial estavam eufóricas à procura de matérias-primas e de novos mercados consumidores para despejar seus produtos. Quartelmar é um típico aventureiro europeu do século XIX em busca de aventuras e riquezas na misteriosa África, que ainda era um lugar desconhecido para os europeus desta época.

 

Quartelmar deixa claro em toda a história o conceito de “missão civilizatória do homem branco”, ideia de que o homem branco europeu seria o detentor da civilização, do progresso e da cultura e por este motivo estaria destinado a carregar os outros povos atrasados rumo à civilização.

 

AS MINAS DO REI SALOMÃO

AUTOR: HENRY RIDER HAGGARD

EDITORA: PRINCIPIS

PÁGINAS: 176

 

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