O morro dos ventos uivantes – Emily Brontë
quinta-feira, outubro 07, 2021
Clássico da literatura inglesa com pelo menos
três adaptações ao cinema e algumas para a televisão, “O morro dos ventos uivantes”, de Emily Brontë, foi o único romance
da escritora inglesa, publicado em 1847, recebendo fortes críticas no século
XIX. Pode ser considerado um romance dramático que, para mim, causou mais
nervoso e revolta do que empatia com os personagens.
Inglaterra, final do século XIX. Quando o Sr.
Earnshaw chega ao morro dos ventos uivantes com um menino órfão resgatado das
ruas, sequer imaginava o que o destino planejava para o futuro do menino.
Heathcliff, nome que recebeu de seu pai adotivo, é criado junto com Catherine e
Hindley Earnshaw, recebendo a mesma educação e os privilégios das crianças.
Heathcliff tem em Catherine uma amiga e protetora, enquanto Hindley o humilha
em toda e qualquer oportunidade.
Anos mais tarde, com a morte do Sr. Earnshaw,
Hindley retorna ao morro dos ventos uivantes com Frances, sua esposa, e assume
os deveres e obrigações da propriedade herdada. Com isso, Heathcliff assume o
papel de mais um criado e perde os privilégios que tinha desde que chegara ao
local. De temperamento forte, Heathcliff guarda rancor no coração por toda
humilhação e rejeição que sempre sofreu.
Quando Edgar Linton pede Catherine em
casamento, a jovem se vê em um grande dilema entre deixar o amor que sente por
Heathcliff, um jovem grosseiro, sem educação e que não poderia dar um bom
futuro para ela, falar mais alto, ou aceitar o pedido de Edgar, a quem ela
também ama, que é educado, rico, bonito, que a ama e que tem algo a lhe
oferecer.
Após descobrir o motivo da dúvida de
Catherine e se sentindo humilhado pela mulher que ama, Heathcliff decide fugir
deixando a jovem livre para seu inimigo. Alguns anos mais tarde, já casada com
Edgar, Catherine recebe a visita inesperada de Heathcliff e todo aquele
sentimento volta à tona. Mas o amor de Heathcliff é obsessivo, e mesmo amando
Catherine na intensidade que ama, ele também nutre ódio pela mulher que o
humilhou.
Com uma alma indomável e um coração malvado,
Heathcliff jura no leito de morte de Catherine que nunca deixará o seu espírito
em paz enquanto ele viver, já que acredita que o destino dos dois é ficarem
juntos além da vida. A fim de se vingar de tudo aquilo que perdeu, Heathcliff
passa a viver planejando cada passo para recuperar o que acredita ser seu por
direito.
Narrado por Nelly Dean, a governanta que
cresceu junto com os irmãos Catherine e Hindley Earnshaw, ao Sr. Lockwood,
inquilino do Sr. Heathcliff, “O morro
dos ventos uivantes” é um romance trágico, onde sentimentos intensos falam
mais alto, deixando o amor, o ódio e a ambição ditarem as regras dessa história
passada por gerações.
Catherine é uma jovem mimada, forçando todas
as pessoas ao seu redor a realizarem todos os seus caprichos com cenas
dramáticas que revolta qualquer leitor. Apesar de amar Catherine, a obsessão de
Heathcliff o torna um homem asqueroso, que abusa do seu poder e acredita que
tudo e todos lhe pertencem, podendo fazer com eles o que bem entende. Temos
ainda nesse enredo as almas trouxas estampadas nos personagens da governanta
Nelly, em Edgar e sua irmã teimosa, Isabela, além da segunda geração das
famílias, que apesar de verem na sua frente a maldade de Heathcliff, acabam
caindo nas armadilhas que ele cria para conseguir tudo o que quer.
Para mim, o romance puro que acreditei que
encontraria na história ficou apenas na imaginação. Como disse antes, a leitura
me causou mais revolta com as situações do que empatia pelos personagens. “O morro dos ventos uivantes” é um
clássico e vale a pena ser lido.
Comenta aqui em baixo se você já leu essa
história e o que achou.
A gente se vê no próximo post, até lá!
O MORRO DOS VENTOS UIVANTES
AUTOR: EMILY BRONTË
EDITORA: PRINCIPIS
PÁGINAS: 368
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