O diário de Anne Frank

quinta-feira, março 11, 2021


 

Há alguns anos uma amiga havia me emprestado a sua edição de “O diário de Anne Frank” para eu ler com a afirmação de que era “muito bom!”. Arrisquei a leitura, mas devido aos trabalhos e a correria da faculdade acabei desistindo e devolvendo o livro. Hoje eu finalmente posso dizer que li um dos livros mais lidos em todo o mundo.

 

“O diário de Anne Frank” é famoso por narrar a vida de oito judeus que se escondiam em um “Anexo Secreto” na cidade de Amsterdã, na Holanda. Após ganhar um diário em seu aniversário, Anne começa a contar fatos de sua vida como “fonte de conforto e ajuda”.

 

De junho de 1942 a agosto de 1944, Anne relata seus pensamentos e sentimentos durante a ocupação nazista na Holanda. A menina judia de 13 anos é obrigada, junto de sua família, a deixar para trás sua residência e se refugiar no sótão de uma casa.

 

Isolados do mundo exterior, a família Frank enfrenta a fome, o tédio e a terrível realidade do confinamento, além da ameaça constante de serem descobertos e mortos. Foi preciso aprender a conviver e dividir um espaço pequeno entre oito pessoas diferentes, além de saber administrar a escassa comida que conseguiam graças à ajuda de amigos cristãos e o tempo vago que era utilizado para estudar línguas, as matérias da escola e outros cursos por correspondência.

 

Acompanhamos em suas páginas os momentos de medo e as pequenas alegrias de uma jovem que lutou em vão com sua família para sobreviver ao Holocausto. O relato de Anne mostra as atrocidades e os horrores que eram cometidos contra os judeus e é uma das obras mais importantes do século XX.

 

Confesso que a leitura foi cansativa, apesar de ser narrado dia após dia e de ter uma continuidade, acabei caindo no tédio junto com a família. Anne tinha em seu diário uma amiga, já que ela escrevia cartas endereçadas a Kitty, uma amiga que criou para não escrever suas palavras em vão, e contava a ela tudo o que a perturbava dentro do “Anexo Secreto”. Há momentos em que podemos ver traços de uma jovem depressiva, talvez pela óbvia situação em que se encontravam, e que lamenta pelos moradores com quem divide o esconderijo a julgarem demais, reclamarem que ela fala demais, sobre seus sentimentos em relação à própria família e tantas outras coisas.

 

O diário de Anne termina em 1º de agosto de 1944, após o paradeiro da família ser delatado à Gestapo. Otto Frank, pai de Anne, foi o único dos oito moradores do “Anexo Secreto” a sobreviver aos campos de concentração e, até a sua morte, em agosto de 1980, se dedicou a divulgar a mensagem do diário de sua filha ao mundo inteiro.

 

A Fundação Anne Frank, criada por Otto na Basileia, na Suíça, é uma fundação sem fins lucrativos que tem o objetivo de criar um melhor entendimento entre diferentes culturas e religiões, encorajar a comunicação entre os jovens de todo o mundo e contribuir com a paz. Os manuscritos de Anne estão expostos na Casa de Anne Frank, em Amsterdã, e é aberta ao público que queira conhecer onde a família se escondeu durante a guerra.

 

Recomendo a leitura para todos, afinal de contas “O diário de Anne Frank” é um livro conhecido mundialmente e que narra uma época marcante na história mundial.

 

O DIÁRIO DE ANNE FRANK

EDITORA: RECORD

PÁGINAS: 352

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