#VidaReal – O primeiro livro a gente nunca esquece

quinta-feira, maio 16, 2019



Às vezes as pessoas dizem: “Você fala de livros porque sempre leu”, mas a verdade é que não foi bem assim, então senta que lá vem história.

Quando eu estava no ensino fundamental, a professora de português às vezes fazia prova de livros, mas a leitura acabava não sendo prazerosa e isso se tornava uma obrigação que eu fazia contrariada, coisa que eu detesto.

Após alguns anos depois que terminei o ensino médio, um amigo que tinha o hábito da leitura começou a me incentivar a ler. Ele começou a me indicar os livros que acreditava que eu fosse gostar e um belo dia eu resolvi arriscar.

Na época eu ainda morava em Ribeirão Preto, e uma das coisas que me encantam são os prédios centenários que existem no centro da cidade, e em um deles funcionava um sebo, onde você podia comprar tudo quanto é tipo de livro, com preços baixos, com qualidade de livros seminovos, até livros clássicos e antigos pra caramba muito bem cuidados.

Tinha também a opção de pegar livros emprestados, você fazia sua carteirinha da mesma forma que as bibliotecas municipais fazem, escolhia o título podendo pegar até três livros diferentes, e ficava com eles por quinze dias, podendo renovar se não tivesse ninguém na fila de espera.

E foi aí que tudo começou. Como boa curiosa, fui dar um passeio pelo sebo, pra ver os livros antigos (ok, confesso que muitas vezes tenho mentalidade de uma velha!), e descobri essa oportunidade de pegar livros emprestados. Segui o conselho do meu amigo e o primeiro livro que peguei foi “A menina que roubava livros”.

Preciso dizer que fiquei apaixonada com a narrativa, e a partir daí eu queria ler mais e mais, por puro prazer e não por obrigação. Me lembro de ler “O menino do pijama listrado”, “A bússola de ouro”, entre outros.

Depois que mudei de Ribeirão para começar a faculdade de jornalismo, me faltava tempo para a leitura que não fossem os livros relacionados às matérias da faculdade. Trabalhar de final de semana para pagar a bolsa da faculdade também ajudou na falta de tempo. E no último ano da faculdade eu resolvi que voltaria a ler tudo o que aparecesse na minha frente.

Desde então o hábito virou um vício. Todo tempo livre que tenho o livro está em minhas mãos. Comecei com as histórias de Percy Jackson e fui dando brecha para tantas outras histórias. Hoje a coleção é grande, comparada à lista da adolescente que fui, mas bem minúscula comparada à lista que ainda quero ler.

Com isso resolvi colocar em prática o que o meu amigo fez por mim um dia. Criei o Estante Digital no Youtube e depois o blog, e assim, todo livro que eu lia fazia uma resenha sobre a história e dava a minha opinião, incentivando as pessoas a lerem as obras.

Espero que a minha experiência com os livros possa chegar a muitas pessoas, fazendo cada uma perceber, se ainda não percebeu, o quanto a leitura nos transforma, nos torna mais críticos, nos faz crescer e, principalmente, nos faz viajar a cada página.

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