O arquiteto de Paris – Charles Belfoure
quinta-feira, dezembro 21, 2017
Para quem já acompanha o Estante Digital sabe
que sou fã de histórias sobre a Segunda Guerra Mundial, não sei se porque foi
algo tão impactante ao mundo ou se por pura curiosidade histórica que tenho com
relação a tudo.
O
arquiteto de Paris, de Charles Belfoure, apareceu como sugestão
de compra após uma observada em alguns livros do autor Ken Follett que também
escreve sobre a Segunda Guerra Mundial e já tem resenha aqui no blog, tanto que
Charles é comparado com Ken pelo Booklist.
Na obra, o autor, que também é um arquiteto,
conta a história do arquiteto francês Lucien, que devido à Ocupação Nazista
perde a oportunidade de obter trabalho e por isso entra em desespero para
conseguir alguma oportunidade de mostrar seu trabalho.
Em seu caminho surge Manet, um industrial
muito rico que, para não ter suas fábricas tomadas pelos alemães decide
cooperar, e para isso seus barracões passam a produzir armas e equipamentos
para os soldados.
Assim, o homem procura o arquiteto para dar
início às suas obras. No entanto não é esse o propósito de Manet. Após ter sido
criado por uma empregada judia, o homem tem total afeição pelo povo, e decide
ajudar seus amigos. Logo Lucien tem nas mãos o dilema de produzir esconderijos
para salvar os judeus.
Lucien precisa pensar até que ponto está
disposto a arriscar a própria vida e a da esposa para ajudar pessoas que nem
sequer sabe se acredita que eles são culpados ou inocentes e ainda está em jogo
o preço que Manet está disposto a pagar para ajudar seus amigos a escapar.
O arquiteto se vê obrigado, graças a outras
propostas maiores e mais significantes para sua carreira feitas por Manet, a
planejar os mais diversos tipos de esconderijos ultrassecretos e menos óbvios
para salvar essas pessoas.
O que Lucien menos esperava era aceitar
correr esse risco, no entanto a euforia de criar esses lugares e deixar os
alemães desesperados por não conseguirem prender os judeus o deixa mais
empolgado.
Mas é claro que eles precisam ter muito
cuidado, afinal de contas essa seria uma vida dupla, a Gestapo não descansa a
nenhum momento e, para piorar a situação, Lucien e Manet devem trabalhar com o
inimigo na construção das fábricas de equipamentos para a guerra.
Apesar de falar muito sobre os fatos
históricos que aconteceram com os judeus e com quem os ajudava a escapar,
falando um pouco sobre as torturas etc., o livro não tem tanto impacto quanto
às obras de Follett. Belfoure narra alguns desses momentos, mas não com tantos
detalhes, seu foco na verdade é a arquitetura de Paris e todo o perigo que as
pessoas passavam arriscando suas vidas para dar aos judeus um pouco mais de
esperança em meio ao desespero e ao horror da guerra.
Recomendo a leitura para quem é fã de
história, de Paris e de arquitetura. Um livro empolgante que te deixa curioso
pelas próximas páginas.
O ARQUITETO DE PARIS
AUTOR: CHARLES
BELFOURE
EDITORA:
BERTRAND BRASIL
PÁGINAS:
392
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