Meus amigos, que
livro!!
Se você me acompanha
por aqui nesses últimos oito anos (!!) sabe que sou muito suspeita por me
encantar com livros que falam sobre a segunda guerra mundial e sobre romances.
Pois esse superou até mesmo o tempo de leitura, finalizei em dez dias, isso
falando de uma pessoa com dois turnos de trabalho.
“O
último restaurante de Paris”, de Lily Graham, já estava
na minha pasta de favoritos esperando uma brecha para entrar na minha longa
lista de leitura. Mas é aquele ditado, existem livros/histórias e
livros/histórias, e esse realmente me escolheu durante uma visita de fim de ano
ao sebo e livraria “A Degustadora de
Histórias” aqui em Ribeirão Preto (se você me acompanha sabe que venho
falando sobre eles há algum tempo também!).
Ele fará parte do
clube de leitura “Café com livros”, e na saída, acabei batendo o olho nele e
falei “meu presente de aniversário!”. E foi o melhor presente que ganhei! Há
cerca de três anos li “O segredo da
livraria de Paris”, também de Lily Graham, e pude me encantar ali com a sua
narrativa. Então, sem mais delongas, vamos à história!
A história mistura o passado e o presente
de um jeito que te prende do início ao fim. No centro da trama está a busca de
Sabine pelos segredos que rondam o restaurante de sua avó, no coração de Paris,
que herdou sem ao menos saber da existência dela. Com a ajuda de Gilbert, um
velho antiquário de livros, que durante sua adolescência trabalhou com Marianne
no restaurante, ela tenta desvendar o que realmente aconteceu naquela época. O
restaurante, cheio de histórias não contadas, guarda pistas de amores
proibidos, segredos de guerra e muita dor, mas também esperança e coragem.
Durante a ocupação
nazista em Paris, contrariando o gosto da população local e toda e qualquer
expectativa de um futuro melhor, Marianne, uma mulher jovem, forte e
resiliente, decide abrir um restaurante para alimentar os soldados nazistas em
posse da cidade e, ao mesmo tempo, poder colaborar com os moradores, já que os cartões
de racionamento não davam direito a uma alimentação digna. Ela acreditava que
manter contato com os soldados e ter acesso às boas comidas, poderia oferecer
refeições simples, mas que pudessem sustentar os parisienses na luta pela
resistência de seu país.
Apesar de servir os
soldados inimigos com um sorriso no rosto, afinal de contas devia a eles a
liberação e a agilidade em abrir seu restaurante, ninguém desconfiava do ódio
que Marianne guardava no seu coração. Porém, em uma noite, o restaurante fecha
as portas pela última vez e todos os clientes são encontrados mortos
envenenados enquanto Marianne desaparece sem deixar vestígios.
Sabine nunca tinha
ouvido falar dessa avó, já que sua falecida mãe era adotada e nem mesmo ela
sabia de sua verdadeira história. O que ela quer e precisa é obter as respostas
para tantas perguntas sobre a sua origem, mas investigar o passado da família
trará memórias sombrias da guerra e da tragédia que marcou a cidade.
Marianne precisou enfrentar desde
os nove anos os dilemas da vida. Após a morte da mãe em Paris, a menina foi
enviada pelo pai para a casa da avó que nunca conhecera na Provença. Fruto de
um relacionamento extraconjugal após a primeira grande guerra, Marianne foi
criada sozinha pela mãe e longe da avó que não aceitava o relacionamento.
Depois da morte da mãe, o impacto
do trauma deixou a menina muda, mas isso não foi um grande problema a ser
enfrentado pela sua avó, que com muito amor e paciência ensinou Marianne que
ela podia voltar a ser feliz. Graças à amizade de Jacques, o vizinho que morava
ao lado das terras de sua avó, a menina encontrou novamente a sua voz e, com o
tempo, essa linda amizade se transformou no mais lindo amor de sua vida. Anos
depois, com a ocupação nazista ganhando território por toda a Europa, a morte
prematura e injusta de Jacques fez com que Marianne, em estágio avançado de sua
gravidez, precisasse fazer uma escolha entre proteger a sua família ou resistir
a tudo o que ela considerava inaceitável.
Sem mais spoilers, o livro é
maravilhoso por vários motivos. A forma como Lily Graham faz a gente sentir o
que os personagens sentem é simplesmente impecável. Marianne é aquele tipo de
heroína que te inspira a todo momento, e Sabine nos mostra como o passado pode
ecoar no presente de maneiras inesperadas.
A ambientação também é
fantástica. Cada detalhe do restaurante e dos pratos descritos, das ruas de
Paris e pelos campos da Provença, é uma narrativa que nos transporta pra lá. E
a ligação entre os dois tempos é feita de forma tão suave que você nunca quer
parar de ler, pelo menos foi o que aconteceu comigo.
Para quem gosta de romances
históricos e histórias que deixam o coração quentinho – mesmo enquanto exploram
temas difíceis – “O último restaurante
de Paris” é uma leitura imperdível. Ele mostra que até nas situações mais
sombrias, a coragem e o amor podem vencer.
E você, já leu o livro? Me conta
nos comentários o que achou!
E se ainda não leu já coloca na
sua lista.
Até o próximo post!
O
ÚLTIMO RESTAURANTE DE PARIS
PÁGINAS:
331
AUTOR:
LILY GRAHAM
EDITORA:
GUTENBERG
