Quero deixar registrado que durante quase
toda a leitura fiquei revoltada com as coisas que li devido a tanta injustiça
cometida contra as mulheres e os negros, exceto o final que foi merecedor aos
personagens!
Alice é uma bela jovem inglesa que se casou
com um lindo jogador americano, por quem se apaixonou logo que se conheceram, e
que se muda junto com seu marido e sogro para uma pequena cidade no interior do
estado do Kentuchy, no final da década de 1930.
Mas a vida de casada não é bem o que Alice
esperava. Vivendo em uma casa sob a sombra de sua sogra já falecida, a moça
tenta driblar os costumes do Sr. Van Cleve e tenta ser prestativa e agradável
para superar as expectativas do sogro e de Bennett.
Com a criação de uma biblioteca itinerante na
cidade, Alice vê a oportunidade perfeita para fugir de seus problemas
conjugais. Mas em uma época em que não seguir os costumes e a religião é uma
transgressão gravíssima, as cinco mulheres que aceitaram o compromisso de levar
livros para os moradores mais pobres da região, precisarão lutar para manter o
projeto ativo.
Claro que aprender a cavalgar e percorrer
rotas de difícil acesso não seria o único desafio para elas, suportar o
preconceito dos mais conservadores é o grande problema e o que de fato
fortalecerá o laço que as unem.
Inspirado em uma história real, “Um caminho
para a liberdade”, de Jojo Moyes, narra a vida de cinco mulheres que vão
enfrentar uma cidade inteira por amor aos livros na esperança de levar conhecimento
a cada cantinho, por mais remoto que seja, e que vão descobrir o poder da
amizade e da liberdade, fazendo os leitores se emocionarem e se questionarem
sobre o poder das redes de apoio e amizade entre as mulheres.
Como boa defensora da liberdade, seja ela de
expressão, emocional ou sobre o direito de ir e vir, fiquei revoltada quando
houve uma agressão física a uma das personagens e que isso era, de certa forma,
tratado com normalidade naquela época, já que a comunidade fechava os olhos
para isso porque não era da sua conta o que acontecia dentro de quatro paredes.
Principalmente quando o dinheiro e a influência falam mais alto na sociedade.
A discriminação contra os negros, que eram
obrigados a se sentarem aos fundos de fóruns e ambientes públicos e que
deveriam apenas frequentar lugares destinados às pessoas de sua cor, também é
revoltante! Claro que estamos em uma época diferente, mas a leitura não apenas
desse livro, mas de muitos outros, nos ensina a não tolerar esse tipo de
comportamento hoje em dia, afinal de contas, o conhecimento é o que nos faz
crescer e que abre a nossa mente para nos impedir de tamanha ignorância.
UM CAMINHO PARA A LIBERDADE
AUTOR: JOJO MOYES
EDITORA: INTRÍNSECA
PÁGINAS: 368